Piauí registra aumento de 32% no número de famílias endividadas
Estudo da FecomercioSP aponta que Teresina registra a maior alta
09/12/2024 - 09:53
O endividamento familiar registrou alta expressiva em Teresina entre 2022 e 2024. Segundo dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), a proporção de pessoas vivendo com contas atrasadas na capital piauiense saltou de 61% para 86%, um aumento de 32,6%, a maior alta proporcional entre todas as capitais do país.
Esse crescimento em Teresina acompanha uma tendência nacional de elevação no número absoluto de famílias com dívidas como fatura do cartão de crédito ou financiamentos de carros e imóveis. Em todo o Brasil, o número total de lares endividados subiu de 11,28 milhões para 12,73 milhões, um aumento de 12,8% em dois anos.
De acordo com a FecomercioSP, o crescimento no número de famílias endividadas reflete, em grande parte, o aumento populacional nos centros urbanos, o que também amplia a quantidade de lares. No entanto, a entidade alerta que os efeitos econômicos desse crescimento não são positivos. Com mais famílias endividadas, o custo do crédito no mercado tende a aumentar, o que pode aumentar o risco de inadimplência — especialmente em tempos de juros altos ou quando a inflação afeta o consumo.
O estudo ressalta que, embora o endividamento proporcione mais acesso ao crédito e aumente o consumo, também traz riscos, como a possibilidade de inadimplência e exclusão do mercado. Portanto, é essencial encontrar um equilíbrio entre incentivar o consumo e proteger o orçamento das famílias, especialmente das mais vulneráveis.
Cenário nacional
Enquanto Teresina lidera o aumento no endividamento entre as capitais, outras cidades como João Pessoa (29,1%), Porto Velho (26%) e Fortaleza (25,1%) também registraram aumentos significativos. Por outro lado, algumas capitais como Florianópolis (-2,1%), Curitiba (-1,9%) e Porto Alegre (-1,2%) tiveram queda no endividamento.