Maioria dos domicílios no Piauí é chefiada por mulheres, aponta IBGE
Dados do Censo Demográfico 2022 sobre a conformação familiar
26/10/2024 - 18:47
Pelo menos 50,36% dos domicílios do Piauí têm como chefe a figura da mulher. É isto o que revela o Censo Demográfico 2022 sobre a Composição Familiar cujos dados foram divulgados hoje (25) pelo IBGE. Esse crescimento na quantidade de mulheres chefiando os lares se deu ao longo dos últimos 12 anos. Em comparação com 2010, data do último Censo Demográfico até então, as mulheres eram responsáveis por 38,75% dos domicílios piauienses. O aumento em pouco mais de uma década foi de 11,51 pontos percentuais.
Hoje, o número de domicílios chefiados por mulheres no Estado supera inclusive o de domicílios chefiados por homens. Em 2010, por exemplo, eles estavam à frente da administração em 61,15% dos lares. Em 2022, representavam, no entanto, somente 49,64%, ou seja, menos da metade dos domicílios piauienses.
O Piauí seguiu a tendência brasileira no crescimento da participação feminina entre os responsáveis pelos domicílios, mas a nível nacional, elas continuam sendo minoria na chefia dos lares. O IBGE aponta que em 50,87% do total de domicílios mapeados, os homens ainda exercem uma função de liderança administrativa ao passo que a proporção de domicílios chefiados por elas é de apenas 49,13%.
Com mais da metade dos domicílios sendo comandados por mulheres, o Piauí ocupa a décima colocação no ranking nacional em quantidade de lares chefiados por figuras femininas. A liderança é do Estado de Pernambuco, que possui 53,87% de seus lares administrados por elas. Em seguida aparecem Sergipe, com 53,13%; Maranhão, com 52,98%; e o Amapá, com 52,88%. Rondônia é o Estado brasileiro com a menor proporção de mulheres no comando (44,29%).
A analista do IBGE, Luciene Longo, explica que os dados revelam ser o Nordeste a região do Brasil onde há maior concentração de mulheres no comando dos lares. “Por outro lado, os menores percentuais estão pulverizados em estados das regiões Norte, como Rondônia, e da região Sul, como Santa Catarina. Percebe-se, de uma forma geral, que as unidades da Federação acompanharam o movimento do país com o aumento da proporção de unidades domésticas com responsáveis do sexo feminino”, explica.