Sargento é denunciado pelo MP por invadir residência e furtar perfume Malbec
O caso, que ocorreu no dia 15 de fevereiro de 2023
26/10/2024 - 08:48
O sargento da Polícia Militar do Piauí, Avelar Reis Mota, conhecido como Sargento Mota, foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Piauí sob acusação de furto qualificado. Segundo a denúncia, o policial teria invadido uma residência no bairro Areias, na zona sul de Teresina, utilizando uma chave falsa, e furtado um perfume Malbec da marca O Boticário. O caso, que ocorreu no dia 15 de fevereiro de 2023, foi acompanhado por imagens de câmeras de segurança, anexadas ao processo.
De acordo com o promotor Assuero Stevenson Pereira Oliveira, titular da 9ª Promotoria de Justiça de Teresina, especializada em crimes militares, a denúncia aponta que o sargento, apesar de estar escalado para patrulha em outra localidade, deslocou-se em uma viatura até a residência da vítima, adentrou o local e retirou o perfume Malbec. O membro do MP destacou que a ação do policial foi registrada por câmeras de segurança e que o sargento teria utilizado uma chave falsa para acessar a casa, prática que caracteriza o furto qualificado.
Além do furto, a denúncia também menciona uma tentativa de destruição de evidências. No mesmo dia do crime, o policial teria tentado danificar a câmera de segurança da residência. Posteriormente, em 28 de julho, um policial encapuzado voltou ao local em uma viatura da Polícia Militar e efetuou um disparo contra o equipamento de segurança, destruindo-o. Embora outro policial tenha sido mencionado, a promotoria afirmou que não foi possível comprovar envolvimento direto no crime, indicando que ele apenas cumpria ordens de seu comandante imediato ao dirigir a viatura até o local.
O sargento Mota também havia sido alvo, recentemente, de uma operação contra jogos de azar, que incluiu mandados de busca e apreensão em sua residência e levou ao bloqueio de sua conta no Instagram por determinação judicial. A denúncia formal do Ministério Público, apresentada em 16 de setembro, pede a instauração de um processo penal, com base nos artigos 384 a 450 do Código de Processo Penal Militar, e solicita que o sargento Mota seja interrogado, junto à vítima e demais testemunhas.
O espaço fica aberto para quaisquer esclarecimentos da defesa do acusado.