Prefeito no Piauí é acusado de usar verba pública para bancar amante
A polícia investiga o caso
03/09/2024 - 10:52
Prestes a tentar a reeleição para a prefeitura de Cocal, no interior do Piauí, o prefeito Douglas Lima (PT) se envolveu em um escândalo nas redes sociais após prints e um boletim de ocorrência que relatam uma suposta acusação de uso de recursos públicos por parte do prefeito para seduzir uma mulher.
Segundo um boletim de ocorrência registrado no dia 22 de agosto deste ano, o prefeito teria encaminhado a uma mulher, mensagens inadequadas e transferências bancárias para tentar “seduzi-la”. (Veja algumas delas no final da matéria)
Nos registros, o prefeito Douglas Lima faz propostas indecorosas e comprometedoras para uma mulher casada, oferecendo dinheiro público para encontros amorosos. O dinheiro em questão seria proveniente do SUS, destinados ao Fundo Municipal de Saúde de Cocal, dinheiro federal.
Segundo a mulher, com iniciais F.C.S.S, a troca de mensagens teve início em maio de 2024, quando foi vítima da primeira tentativa de assédio, quando estava longe de Cocal. A mulher recebeu uma mensagem no Instagram de alguém identificado como Douglas. Inicialmente, ele ofereceu dinheiro para um encontro em Parnaíba, mas a proposta foi prontamente recusada. No entanto, Douglas insistiu, usando até mesmo o direct do perfil da página do Instagram da filha da vítima menor de idade, para tentar convencê-la a desbloqueá-lo para continuar suas investidas sexuais.
A mulher chegou a bloquear Douglas, mas as investidas não pararam. Ele continuou a contactá-la, prometendo cobrir todos os custos para sua viagem e perguntando se ela precisava de algo. A surpresa veio quando a vítima percebeu que estava recebendo transferências financeiras não apenas da conta pessoal do prefeito, mas também de uma conta do Fundo Municipal de Saúde de Cocal. Os valores transferidos foram R$2.200,65 e R$2.400,15, somando um montante considerável de recursos públicos.
A investigação foi iniciada após denúncia de F.C.S.S , que teme ser prejudicada e procurou a justiça através da 2º Delegacia especializada no atendimento à Mulher e a grupos vulneráveis em Parnaíba, onde foi registrado um B.O. Em seus relatos, ela expressa preocupações com a legalidade das transferências e a possibilidade de estar envolvida em uma trama de corrupção.