Com mais de 14 mil casos de dengue neste ano, Piauí receberá 17 mil vacinas para aplicação
A doença tem atingido principalmente pessoas entre 20 e 29 anos
02/08/2024 - 08:16
O Piauí receberá na próxima semana 17 mil vacinas contra a dengue para a aplicação da segunda dose. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) ao Cidadeverde.com.
De acordo com a Sesapi, os imunizantes serão enviados aos municípios que integram o território Entre Rios, onde a capital Teresina está incluída, e também para os municípios da Chapada das Mangabeiras. O público-alvo da campanha são crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos.
Ainda segundo a secretaria, o Ministério da Saúde não confirmou quando enviará novas remessas da primeira dose da vacina contra a dengue para o Piauí.
No momento da vacinação, é necessário apresentar CPF ou cartão do SUS, documento de identificação, caderneta de vacina e um comprovante de endereço de Teresina.
O Piauí já registrou 21 óbitos por dengue em 2024. O Painel Temático da Dengue no Piauí mostra também que o estado possui 4 mortes em investigação e 14.483 casos prováveis, sendo 55,2% mulheres e 44,8% homens.
A doença tem atingido principalmente pessoas entre 20 e 29 anos, seguidas pelas faixas etárias de 30 a 49 anos.
Dentro de casa ou em locais públicos, é preciso ter cuidado com locais que acumulam água parada que possam estar servindo de nascedouro para os mosquitos. Esgotos com água parada, matos em calçadas próximo de casa e lixos acumulados são grandes violões no combate à doença.
Os ovos do mosquito Aedes aegypti são de extrema resistência e podem suportar em um recipiente, sem ter entrado em contato com a água, entre 300 e 400 dias.
Atente-se aos vasos de plantas
Coloque areia até a borda dos pratinhos para evitar o acúmulo de água. Alternativamente, lave-os uma vez por semana com sabão e escova.
Livre-se de objetos que acumulam água
Dê o destino correto a latas, garrafas, potes, pneus e qualquer outro tipo de objeto que possa servir como criadouro, optando pela reciclagem sempre que possível.
Armazene garrafas da forma correta
Se você deseja guardar garrafas e outros objetos que podem acumular água, armazene-os tampados ou com a boca para baixo.
Evite a contaminação de calhas e caixas-d’água
As calhas devem ser mantidas desobstruídas e livres de folhas e galhos, enquanto a caixa-d’água deve estar sempre bem tampada.
Higienize recipientes que armazenam água
Tanques, barris e tonéis utilizados para guardar água da chuva, por exemplo, devem ficar tampados e ser higienizados semanalmente com escova e sabão. As piscinas devem ser tratadas com cloro.
Tenha cuidado com o lixo
Amarre bem as sacolas e deposite-as em lixeiras fora do alcance de animais. Não jogue lixo em terrenos baldios.
Utilize proteção individual
As medidas coletivas de proteção podem ser complementadas com cuidados como o uso de repelentes e inseticidas, a instalação de mosquiteiros e telas em portas e janelas e a preferência por roupas de mangas compridas.
Atenção aos sintomas da doença
A infecção por dengue pode ser assintomática ou apresentar quadro leve em alguns casos. Mesmo assim, é muito importante a população ficar atenta aos sinais, pois a doença pode evoluir rapidamente de um quadro leve para um quadro mais grave.
Os principais sintomas da dengue são febre, dor no corpo e nas articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça, manchas vermelhas no corpo, dor abdominal intensa, vômitos, letargia ou irritabilidade.
Caso seja identificado algum sintoma da doença, a recomendação é procurar por uma unidade de saúde para realizar todos os procedimentos necessários. O médico identificará os sinais a partir de uma pesquisa com o próprio paciente e seguirá o protocolo oficial, que podem incluir exames laboratoriais.
Para os casos leves, a recomendação é repouso, enquanto durar a febre; hidratação (ingestão de líquidos); administração de paracetamol ou dipirona em caso de dor ou febre; e não administração de ácido acetilsalicílico. Na maioria dos casos, há uma cura espontânea depois de 10 dias.
É muito importante retornar imediatamente ao serviço de saúde em caso de sinais de alarme (dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas). O protocolo sugere a internação do paciente para o manejo clínico adequado.