Piauí reduz analfabetismo, mas taxa continua maior entre idosos

De 2010 para 2022 o Brasil mostrou redução na quantidade de pessoas analfabetas acima de 15 anos. O Piauí seguiu a tendência, mas ficou entre os estados com menor variação na taxa de analfabetismo, com redução de 24,8%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento apresentou informações sobre a taxa de alfabetização da população.

O instituto esclareceu que foi considerado como não alfabetizada pela pesquisa "aquela pessoa que nunca aprendeu a ler e a escrever ou que sabe apenas assinar o próprio nome, mas não sabe ler nem escrever um bilhete simples, além daquele que até aprendeu a ler e escrever mas devido a precarização do ensino, esqueceu.

O estudo também revelou que as população piauiense com 65 anos ou mais detém a maior taxa de analfabetismo, com quase a metade dessa população sem saber ler ou escrever (47,63%). O grupo de idade que apresentou maior redução na proporção de pessoas analfabetas foi o de pessoas de 30 a 34 anos de idade, que em 2010 apresentou uma taxa de analfabetismo de 17,23%, tendo caído para 5,49% em 2022, uma queda de 68,14% na proporção de pessoas analfabetas.

Já na análise de cor ou raça os pesquisadores perceberam que na população indígena a quantidade de analfabetos cresceu, de 16,53% em 2010 para 21,36% em 2022. A população de cor ou raça parda foi a que teve maior redução proporcional na taxa de analfabetismo, caindo de 23,77% em 2010 para 17,31% em 2022, uma redução de 27,17% na proporção de analfabetos no período.

Na sequência, a população de cor ou raça preta apresentou uma redução de 25,41% na proporção de pessoas analfabetas, seguida da população branca, com redução de 21,66%, e, por fim, a população de cor ou raça amarela, com redução de 19%.