Empresário e irmão são condenados por estuprar funcionárias em Piripiri
O empresário aproveitava sua posição de superioridade para cometer os atos
08/11/2023 - 09:32
Francisco das Chagas Machado, conhecido como "Chico Machado", e José Maria Carvalho Silva, vulgo "Zé Maria", foram condenados pelos crimes de estupro, tentativa de estupro, assédio e importunação sexual, cometidos contra mulheres em Piripiri.
A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público, e o advogado criminalista Antônio Mendes atuou como assistente de acusação.
Em uma entrevista, o advogado Antônio Mendes abordou o processo, explicando: "Esse processo criminal teve início quando uma das vítimas veio ao meu escritório visivelmente constrangida e chorando, afirmando que havia sido vítima de estupro pelo empresário Chico Machado. Posteriormente, fomos até a Delegacia, onde ela prestou depoimento, assim como outras oito mulheres que também foram vítimas”, disse.
O advogado acrescentou que o empresário aproveitava sua posição de superioridade para cometer os atos. "O empresário, aproveitando-se de seu poder econômico e hierárquico, humilhava as vítimas e cometia esses atos, e aquelas que não cediam eram demitidas. Eles as tratavam como objetos sexuais, são dois pervertidos. Neste processo, foram oito vítimas que denunciaram, mas, na realidade, há quase cem vítimas", acrescentou o advogado.
SENTENÇA
O juiz da comarca de Piripiri, Antônio Oliveira, proferiu a sentença nesta segunda-feira, 6 de novembro.
José Maria foi condenado a 11 anos e 4 meses de prisão por cometer 4 (quatro) crimes de assédio sexual.
Enquanto isso, o empresário Chico Machado foi condenado a 28 anos de reclusão por estupro consumado, estupro tentado e importunação sexual, além de 9 (nove) anos de detenção por três crimes de assédio sexual, totalizando 37 anos de reclusão.
DEFESA
Ao longo do processo, a defesa do réu Francisco das Chagas Silva Machado, Chico Machado, apresentou alegações finais, pleiteando sua absolvição, alegando a suposta ausência de práticas relacionadas às condutas a ele imputadas.
Por outro lado, a defesa do réu José Maria Carvalho Silva, Zé Maria, também apresentou alegações finais, buscando sua absolvição, argumentando suposta ausência de qualquer prática das condutas a ele imputadas, bem como a inexistência de superioridade hierárquica.
Diante da sentença proferida em primeira instância, a defesa dos acusados tem a opção de recorrer ao Tribunal de Justiça. Os dois permanecem em liberdade.