Piauí registra alta de 7% em mortes violentas no 1º semestre de 2022
O resultado ruim, colocou o Piauí na contramão do país
25/08/2022 - 11:14
Em 2020, o Piauí teve um primeiro semestre mais violento que o registrado ano passado. A conformação é do Monitor da Violência, índice nacional de homicídios criado pelo portal de notícias G1, com base nos dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal.
Os números foram divulgados nesta quinta-feira (25) e mostram que 373 pessoas foram mortas de forma violenta no Estado, de janeiro a junho deste ano. O índice é 7% maior que o registrado no mesmo período de 2021.
O resultado ruim, inclusive, colocou o Piauí na contramão do país, que registrou queda de 5% no número de mortes violentos neste primeiro semestre de 2022. Houve aproximadamente 20,1 mil assassinatos nos primeiros seis meses deste ano, ou seja, 1,1 mil mortes a menos que no mesmo período de 2021. Além do Piauí, somente outros seis estados tiveram alta nas mortes: Minas Gerais, Alagoas, Pernambuco, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia, esse último o de maior índice de crescimento, 24%.
O levantamento, que compila os dados mês a mês, faz parte do Monitor da Violência, uma parceria do G1 com o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. De acordo com os dados, abril foi o mês mais violento no Piauí com 86 mortes, sendo 84 assassinatos, um latrocínio e uma lesão corporal seguida de morte. Já o mês menos violento no Estado foi junho com 49 registros.
Foto: Matheus Oliveira/Meio Norte
Apesar da alta no primeiro semestre, o Piauí ainda mantém um dos menores índices de assassinatos por 100 mil habitantes no Nordeste. O destaque é a Bahia que, em números absolutos, lidera não apenas na região como em todo o país. Por lá, no primeiro semestre, foram registrados 2.630 mortes violentas, destas 2.557 foram enquadradas como homicídio doloso, 43 como latrocínio e 30 como lesão corporal seguida de morte.
O Nordeste com 9.160 mortes no primeiro semestre de 2022, teve uma queda de 4,7% em comparação ao mesmo período de 2021, quando registrou 9.609. Entre janeiro e junho deste ano, a Bahia foi responsável por 28,71% dos casos na região.