Piauí monitora avanço de casos da “varíola dos macacos”
A Vigilância em Saúde do Piauí está em alerta para casos de ‘varíola dos macacos
04/06/2022 - 08:18
Casos da varíola dos macacos não param de surgir em países onde a doença não é endêmica, a maioria deles na Europa. Diante disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) vem atualizando a quantidade de casos, a forma de transmissão e os sintomas que envolvem a doença “prima” do vírus da varíola comum, que foi erradicado do planeta em 1980 com o apoio do órgão de saúde mundial.
No Piauí, a Secretaria de Estado da Saúde anunciou que vai monitorar a possível presença do vírus monkeypox, causador da “varíola dos macacos”. Durante reunião realizada pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), na última semana, ficou definida a formação de comissões estaduais de monitoramento, composta de médicos e infectologistas.
O Ministério da Saúde informou, na quinta-feira (02), que foi notificado sobre quatro casos suspeitos de varíola dos macacos no Brasil. Um caso suspeito está no Ceará e outro, em Santa Catarina. Um terceiro caso, que pode ser suspeito, está sendo monitorado no Rio Grande do Sul e um novo registro foi notificado pelo governo do Mato Grosso do Sul.
Transmissão ocorre por contato físico
A varíola dos macacos é transmitida pelo monkeypox, vírus que pertence ao gênero orthopoxvirus da família Poxviridae, e é considerada uma zoonose viral com sintomas muito semelhantes aos observados em pacientes com varíola, embora seja clinicamente menos grave. O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, segundo a OMS.
Contato próximo
O especialista lembra que a transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. E, segundo o órgão de saúde, a transmissão de humano para humano está ocorrendo entre pessoas em contato físico próximo com casos sintomáticos.
Bolhas, febre e dores são sintomas
A OMS descreve quadros diferentes de sintomas para casos suspeitos, prováveis e confirmados. Passa a ser considerado um caso suspeito qualquer pessoa, de qualquer idade, que apresente pústulas (bolhas) na pele de forma aguda e inexplicável e esteja em um país onde a varíola dos macacos não é endêmica.
Se este quadro for acompanhado por dor de cabeça, início de febre acima de 38,5°C, linfonodos inchados, dores musculares e no corpo, dor nas costas e fraqueza profunda e erupções de pele.
Anvisa orienta como se proteger
A varíola geralmente é autolimitada, ou seja, pode ser curada com o tempo e sem tratamento, mas pode ser grave em alguns indivíduos, como crianças, mulheres grávidas ou pessoas com imunossupressão devido a outras condições de saúde.
O uso de máscaras, o distanciamento e a higienização das mãos são formas de evitar o contágio pela varíola dos macacos.A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforçou a adoção dessas medidas, frisando que elas também servem para proteger contra a Covid-19.