COE libera uso de máscaras em cidades com 60% das pessoas vacinadas com dose reforço
O uso fica obrigatório apenas para idosos
13/04/2022 - 10:18
A Secretaria de Estado da Saúde, através do Comitê de Operações Emergenciais (COE) estabeleceu que fica facultativo o uso de máscaras em ambiente fechado para cidades em que 60% da população elegível, acima de 18 anos, esteja imunizada com a dose de reforço. O uso fica obrigatório apenas para idosos com mais de 60 anos, imunossuprimidos, doentes crônicos, em estabelecimentos de saúde e transporte coletivo, como ônibus, trem e avião.
De acordo com o vacinômetro da Sesapi, 10 municípios do Piauí estão com 70% da população elegível com a dose de reforço; 40 municípios têm 60 a 69% da população com a dose de reforço e 84 cidades estão com 50 a 59,9% da população com esquema vacinal completo. A capital piauiense tem 49,95% da população com a dose de reforço.
Segundo o infectologista e membro do COE, José Noronha, a decisão do Comitê foi tomada seguindo os Dados Epidemiológicos do Piauí. “Foi observada a manutenção do número de casos de Covid no estado; a redução de óbitos e a diminuição do impacto do coronavírus no sistema de saúde do Piauí. Com esses dados extremamente positivos, é possível liberar o uso de máscaras com alguns condicionantes”, explica Noronha.
“Os municípios devem atingir a marca de 60% da população com a dose de reforço para que haja a liberação do uso de máscara. Pelo que já temos de evidência científica desde o início da pandemia, esse percentual da população é suficiente para a proteção dos mais suscetíveis. Para a variante ômicron, precisamos da dose de reforço para considerar que temos uma proteção efetiva contra casos graves”, diz.
Para o Secretário de Saúde, Neris Júnior, a liberação é parcial porque populações específicas como idosos e imunossuprimidos devem continuar usando máscaras. “É obrigatório também o uso em locais com alto potencial de contaminação como transporte público. A população não está proibida de usar máscara, muito pelo contrário. Ela é uma proteção eficaz contra os vírus como o da Influenza, mas a vacinação é a principal arma contra defesa contra novas variantes do coronavírus”, enfatiza o secretário.