Jogador campomaiorense assina com o Cruzeiro após fazer carreira fora do Brasil
Luvannor, atacante que tem acerto encaminhado com o Cruzeiro — Foto: Divulgação/
11/04/2022 - 07:25
Perto de voltar a poder registrar reforços, o Cruzeiro segue ativo no mercado em busca de opções para a Série B. E um nome que se aproximou de um acerto foi Henrique Luvannor, de 31 anos. Ele é brasileiro, mas fez carreira no exterior.
Além de passar pelo futebol da Moldávia, também jogou nos Emirados Árabes Unidos e, por último, esteve no Al Taawon, da Arábia Saudita, de onde se despediu em fevereiro. O contrato negociado com o Cruzeiro vai até o final da Série B. A informação sobre o interesse no atacante foi divulgada pelo Superesportes e confirmada pelo ge.
Piauiense da cidade de Campo Maior, Luvannor está no Brasil desde que deixou o Catar, onde estava morando. Ele chegará a Belo Horizonte até o fim desta semana, para assinar contrato e ser registrado a tempo da inscrição na Série B, que se encerra na próxima terça-feira.
O nome do jogador foi levantado pelo departamento de scout do Cruzeiro. Ele se encaixa no perfil buscado para a Série B, por estar livre no mercado e ser experiente. É um atacante de força e canhoto, visto como opção tanto para ser centroavante quanto para jogar aberto.
Luvannor precisará de alguns dias para se recondicionar fisicamente, uma vez que não entra em campo desde janeiro. Naquele mês, ele entrou em campo três vezes e marcou três gols pelo Al Taawon.
Se aprovado nos exames, será o quarto atacante que chegará ao Cruzeiro para a disputa da Série B. Os outros foram Rodolfo, Rafael Silva e Leonardo Pais. O goleiro Gabriel Mesquita e o volante Neto Moura também já trabalham na Toca da Raposa. Todos aguardam a solução sobre o transfer ban para serem registrados.
BIOGRAFIA
O jogador Henrique Luvannor, de 31 anos, artilheiro da fase preliminar da Liga dos Campeões nesta temporada, é piauiense. Luvannor nasceu em Campo Maior, cidade situada a 83 km ao Norte da capital Teresina. Com apenas um ano de idade, se mudou para Brasília e teve sua primeira passagem pelo tempo em 2011.
“Eu sai de Campo Maior novinho, tinha um ano de idade quando minha família mudou para Brasília e criado durante maior parte da minha vida em Brasília, mas sempre a oportunidade de visitar Campo Maior, conhecer minha cidade porque hoje tenho parentes lá, tios, avós, primos. Depois de todo esse tempo que morei em Brasília, em 2011 tive a oportunidade de vir para a Moldávia, minha primeira passagem pelo Sheriff e agora estou tendo a oportunidade de ter a minha segunda passagem aqui”, conta Luvannor.
O piauiense jogava na defesa quando foi transferido para a Europa. Ele já marcou quatro vezes nesta edição da Champions e é o principal nome do Sheriff Tiraspol, atual campeão nacional da Moldávia, que enfrenta hoje o Estrela Vermelha, da Sérvia, pela penúltima rodada de mata-matas das eliminatórias.
O camisa 70 brilhou nos playoffs anteriores. Ele meteu duas bolas nas redes nas vitórias contra o Teuta, da Albânia, e outras duas nos confrontos diretos com o Alashkert, da Armênia. Além de Luvannor, somente um outro jogador, o finlandês Roope Riski, do HJK Helsinque, já tem quatro gols anotados na atual edição da competição interclubes mais badalada do planeta.
O piauiense fez praticamente toda sua carreira no exterior. Aos 21 anos, o então jogador do Morrinhos, clube acostumado a atuar nas divisões inferiores do futebol goiano, candidatou-se a uma vaga para jogar de lateral no próprio Sheriff.
Só que depois que chegou na Moldávia, descobriram que ele levava bem mais jeito para o ataque do que na defesa. Resultado: Luvannor virou atacante, ganhou três títulos nacionais e foi o goleador máximo do país na temporada 2013/14. O sucesso lhe abriu as portas da seleção.
O astro do Sheriff vestiu a camisa da Moldávia em seis ocasiões até a Fifa se pronunciar sobre seu processo de naturalização e impedi-lo de continuar defendendo a nação que o acolheu por não ter completo cinco anos consecutivos de residência por lá.
Depois da experiência como selecionável, Luvannor rodou bastante pelo Oriente Médio. Foram sete anos em três clubes diferentes dos Emirados Árabes até ser recontratado por seu primeiro clube no exterior pouco mais de um mês atrás.
Agora, o atacante nascido no Brasil tem o objetivo de classificar o Sheriff pela primeira vez na história para a fase de grupos da Champions. Sua parte, balançar as redes, ele anda fazendo muito bem.