22% de reajuste para os professores: “É imoral, inconstitucional e faz do prefeito de Pedro II um negacionista”, diz vereadores

O Vereador de oposição Chico Osmar do PL (Partido Liberal) disse que o projeto enviado para Câmara de Vereadores nesta segunda-feira, (21/03) é imoral. “Que o prefeito mandasse também junto os levantamentos do FUNDEB desde dezembro como as outras prefeituras o fizeram, e o prefeito querendo enrolar a classe dos professores e vem empurrando com a barriga”, disse o vereador.
O parlamentar também disse que o comportamento do prefeito é falta de compromisso para com os professores, que já deveriam está lecionando porque o planejamento para o ano letivo será prejudicado de novo. “O costume dele é levantar avaliações equivocado para embromar, vamos continuar firmes, que nenhum se venda ou se renda para que possamos oferecer o que merece os professores”, disse o vereador.

“Professores tirando do bolso para comprar material para fazer o trabalho escolar e a prefeitura recebeu em janeiro deste ano 3 milhões e  600 mil reais,  em fevereiro 3 milhões e 800 Mil reais e até agora entrou mais de 1 milhão de reais”, Completou o parlamentar.
“Não podemos acreditar nos falsos estudos técnicos da prefeitura, que ela enxugue a folha de pagamento, tire aqueles que estão ganhando sem trabalhar, pessoas trabalhando 20 horas e ganhando 40, comissionados que não tem nada a ver com a educação e estão lá na folha de pagamento”. O vereador citou que há 17 escolas em reforma que não terminaram e que o dinheiro está parado na conta da prefeitura.

“Qual compromisso esse prefeito tem com a educação do município... E com a saúde, trânsito, segurança?”, indagou o vereador.
O Vereador Samuel Silva do PP (Partido Progressista) da base aliada do governo municipal disse que o projeto enviado à Câmara de Vereadores é imoral, inconstitucional e faz do gestor um negacionista por ignorar uma lei federal.

“É improbidade administrativa, há uma lei que respalda esse direito dos professores, cumpra-se a lei disse o vereador”.
A vereadora Lurdinha do PT (Partido dos Trabalhadores), disse que viu a publicação do município nas redes sociais ameaçando descontar dos salários dos professores os dias de greve. “Sabemos que o prefeito não vai ao gabinete para dar expediente, eu pergunto se haverá descontos também no pagamento dele?”, indagou a vereadora. A parlamentar afirmou aos professores que votará apenas o valor exigido pelos professores e que os docentes podem contar com ela. A parlamentar também convidou os colegas de bancada a visitar as comunidades com seus veículos para sentir as dificuldades dos munícipes que sofrem com as estradas vicinais destruídas.

Vereador Roque Uchôa do PL (Partido Liberal) disse que a esposa do prefeito está acumulando um patrimônio extraordinário e que há superfaturamento nas obras de colégios do município. Disse também que o prefeito não se importa com a escola pública porque o filho dele estuda em escola particular de medicina para milionários que pouca gente pode estudar.
“A a primeira dama odeia a população de Pedro II e que o prefeito gastou uma quantia estratosférica para ganhar essas eleições. Há duas coisas grandes que vamos ver no final dessa gestão: O patrimônio da primeira dama e o grande número de processos acumulado”. Disse o vereador.
O parlamentar também citou as obras do estádio José Teixeira Santos de Pedro II que já recebeu o incentivo de muitas verbas para reforma, somando tudo pode se chegar fácil a mais de 2 milhões de reais.

 “Não se ver nada lá, grama, o do estádio tamanho parece que está é diminuindo e como se não bastasse há 17 colégios em reformas intermináveis que se for igual ao colégio da corrente que já se vai mais de 70 mil reais só para pintar duas salas. Podem ter a certeza que lá se vão milhões reais”. O vereador finalizou pedindo bom senso.

O Vereador Carlos Oliveira do PP (Partido Progressista), disse que se os valores não forem aceitos de acordo com o regimento interno não poderá voltar mais esse ano para discussão e vai prevalecer o valor proposto. O vereador Chico Osmar o aparteou afirmando que pode voltar para discussão valores ajustados de acordo com a solicitação dos docentes. Em resposta, O Vereador Carlos Oliveira disse que desconhece esse artigo, deixando dúvidas nos presentes à sessão.

O projeto de reajuste dos professores não é de urgência e por isso foi remetido pelo presidente da casa às comissões de Legislação e Justiça, Educação e Orçamento para análise e posteriormente parecer favorável ou não nas próximas sessões.