Setembro foi o mais quente da história, afirma serviço de mudança climática europeu
Setembro foi o mais quente da história, afirma serviço de mudança climática euro
07/10/2020 - 09:40
O mês passado foi o mês de setembro mais quente já registrado, com temperaturas excepcionalmente altas registradas na Sibéria, no Oriente Médio e em partes da América do Sul e Austrália, disse o Serviço de Mudança Climática Copernicus (C3S) da União Europeia na quarta-feira (6).
Foto: Marcos Serra Lima/G1
Estendendo uma tendência de aquecimento de longo prazo causada pelas emissões de gases que retêm o calor, as altas temperaturas neste ano desempenharam um papel importante em desastres, desde incêndios na Califórnia e no Ártico até inundações na Ásia, dizem os cientistas.
Globalmente, setembro de 2020 foi 0,05ºC mais quente do que o mesmo mês em 2019 e 0,08ºC mais quente que em 2016, anos que tinham os dois maiores recordes já registrados, mostraram os dados do Copernicus.
Nos últimos três meses de 2020, eventos climáticos como o fenômeno La Niña e os baixos níveis projetados de gelo marinho do Ártico no outono influenciarão se o ano como um todo se tornará o mais quente já registrado, disse o serviço da Copernicus.
Os últimos cinco anos foram os mais quentes já registrados no mundo. As temperaturas globais médias já subiram cerca de 1ºC acima dos tempos pré-industriais.
Os países concordaram, sob o acordo climático de Paris de 2015, em tentar limitar o aquecimento em 1,5ºC, o que os cientistas dizem que evitaria impactos mais catastróficos da mudança climática.
Mas, embora grandes emissores, incluindo China e União Europeia, tenham se comprometido a reduzir suas emissões nas próximas décadas, no geral, com as políticas atuais as temperaturas subirem muito além do nível de 1,5 grau.