Luzilândia: Homem morre com suspeita de tortura após ser preso ao furar barreira para Covid-19

Luzilândia: Homem morre com suspeita de tortura após ser preso ao furar barreira

10/05/2020 - 07:08

Um homem de 43 anos, que não teve seu nome informado, morreu com suspeita de tortura, nesta sexta-feira (8), na cidade de Luzilândia, a 250 km de Teresina. Antes de morrer, a vítima foi presa, pela Polícia Militar do Piauí após ter furado uma barreira sanitária para Covid-19 e ter, segundo a polícia, trocado tiros com policiais. O caso é investigado pela Polícia Civil.

Inicialmente, a Polícia Militar havia informado que teria ocorrido uma troca de tiros entre o homem e a polícia, mas a informação foi corrigida pela Diretoria de Comunicação Social e atualizada nesta matéria às 9h deste sábado (9)

“O policial que estava na barreira deu ordem de parada. O homem não obedeceu e ainda teria ameaçado o policial, fazendo menção de ter uma arma branca. Em seguida, o homem fugiu e o policial solicitou reforço”, contou a tenente-coronel Elza Rodrigues, diretora de Comunicação Social da PM.

Segundo a polícia, depois da chegada do reforço, os policiais saíram em diligências e conseguiram localizar o homem. “Ele reagiu à prisão, mas foi contido e levado preso para a delegacia. Chegando lá, o mesmo foi recolhido à cela, por ordem da autoridade judiciária”, disse a tenente-coronel Elza Rodrigues.

Momentos depois o homem passou mal, foi socorrido e encaminhado para o hospital, onde morreu. O delegado Renato Pinheiro, que está presidindo o inquérito do caso, afirmou que  está sendo cumprindo o Protocolo de Istambul, aplicado em investigações de casos suspeitos de tortura ou outros crimes cruéis.

Contudo, o delegado destacou que as investigações estão ainda no início e que não há detalhes sobre a causa da morte e sobre a possível autoria. “Ainda será realizada perícia do corpo e todo o protocolo está sendo cumprido para esclarecer o que houve”, informou.

O laudo cadavérico deve ser realizado pelo Instituto Médico Legal de Parnaíba.

Fonte: longah