Informalidade bateu recorde em 2019

Informalidade bateu recorde em 2019

25/12/2019 - 09:14

O ano de 2019 foi marcado por um desemprego ainda resistente, mas com a quantidade de pessoas que trabalham por conta própria e sem carteira assinada, os chamados informais, batendo sucessivos recordes históricos. A taxa de informalidade no mercado de trabalho superou o patamar de 41%, a maior proporção desde 2016, quando o IBGE passou a investigar esse índice. Ou seja, de cada 10 trabalhadores ou empregadores, 4 estão atuando na informalidade.

O Brasil deverá, porém, levar mais alguns anos para recuperar as vagas de trabalho perdidas desde o início a crise econômica, em 2014. O estoque de empregos formais na economia chegou a 39,252 milhões no fim de outubro. No pico, no final de 2014, alcançou 41 milhões.

Segundo o economista da FIA Carlos Honorato, o emprego só voltará ao patamar pré-recessão quando a economia retomar seu fôlego e manter um ritmo de crescimento acima de 2% ao ano.

Trabalhadores subutilizados

Mesmo entre aqueles que conseguem alguma ocupação remunerada, são muitos os que trabalham menos do que gostariam. É o que o IBGE chama de subocupação por insuficiência de horas (menos de 40 horas semanais). Atualmente, são 7 milhões de pessoas nesta situação.

 

Já o número dos chamados desalentados, aqueles que desistiram de procurar emprego pois perderam a esperança de encontrar uma vaga, recuou um pouco em 2019, mas ainda somaram 4,6 milhões no trimestre encerrado em outubro. Outras 3,1 milhões de pessoas até poderiam trabalhar, mas alegam não ter disponibilidade ou interesse no momento.

Somados estes 3 grupos, o número de brasileiros subutilizados somou 27,1 milhões de pessoas no trimestre encerrado em outubro. Ou seja, formal ou informal, o trabalho continua em falta e distante para muita gente.

 

Fonte: G1