Diferença salarial entre os homens e as mulheres é maior no setor cultural
Diferença salarial entre os homens e as mulheres é maior no setor cultural
07/12/2019 - 10:14
As mulheres que trabalham na área da cultura têm salários inferiores aos de seus colegas homens - menores até do que a média na comparação com os trabalhadores de outros setores de emprego.
Essa foi a constatação divulgada pelo IBGE, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica, nesta quinta-feira (5), em pesquisa de informações e indicadores culturais.
Os dados mostram que, em 2017, mulheres da cultura ganharam, em média, R$ 2.798 por mês, o que representava 67,8% do salário dos homens, de R$ 4.127. A remuneração feminina foi abaixo da apresentada no mercado de trabalho de forma geral, em comparação com outras pesquisas.
No universo do Cadastro Central de Empresas, o Cempre, as mulheres têm remuneração média de R$ 2.556, que corresponde a 82,8% do que faturam os homens, com salários de R$ 3.086.
Já em dados divulgados pela Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar) Contínua em março desse ano, o valor médio da hora trabalhada era de R$ 13 para mulheres e de R$ 14,20 para homens, ou seja, o pagamento delas por hora representava 91,5% do masculino.
Se a base de comparação da Pnad Contínua for o rendimento total, a proporção cai para 79,5%, já que, em 2018, elas recebiam, em média, R$ 2.050, contra R$ 2.579 deles.
Na análise por escolaridade, verificou-se uma maior proporção de empregados com nível superior no setor cultural do que em trabalhos de outros ramos econômicos. Em 2017, essa era a realidade de 32,8% do pessoal assalariado da cultura, valor superior ao total do Cempre, de 22,6%.